Construir Pontes, Não Muros

Em tempos de tantos ruídos e divisões, as palavras do Papa Francisco ecoam como um chamado urgente à humanidade: "Apenas os que dialogam podem construir pontes e vínculos." E quanta verdade há nisso. O mundo precisa, mais do que nunca, de ouvidos atentos, corações abertos e mãos estendidas.

A comunicação verdadeira não é aquela que busca convencer, mas sim compreender. É por meio do diálogo que vencemos as distâncias, que desarmamos os preconceitos e que enxergamos no outro não um inimigo, mas um irmão. Entre os povos e, especialmente, entre as lideranças do mundo, o diálogo não pode ser opção — deve ser compromisso. Um compromisso com a paz, com a justiça, com o bem comum.

Amar e respeitar o próximo não é fraqueza, é força. É preciso coragem para deixar de lado os extremos, para não escolher apenas um lado da moeda, mas compreender o valor de toda a moeda — de todos os lados, de todas as vozes. Quando excluímos, negamos a riqueza da diversidade. Quando escutamos apenas alguns, perdemos a sabedoria que nasce do todo.

Que sejamos, então, construtores de pontes e não de muros. Que saibamos cultivar vínculos que não se rompem diante das diferenças, mas que se fortalecem nelas. Uma sociedade mais justa e igualitária começa onde termina o egoísmo e nasce a escuta. Onde o diálogo é sincero, onde o respeito prevalece e o amor é o alicerce.

Sejamos ouvintes. Sejamos pontes. Que nossos caminhos se cruzem para somar, e não para dividir. Só assim construiremos vínculos inquebráveis e pontes indestrutíveis — entre pessoas, entre nações, entre corações.