Ao menos 11 indígenas foram eleitos vereadores em todo o Estado durante as eleições municipais de 2020. Dados são da Federação dos Povos e Organizações Indígenas de Mato Grosso (Fepoimt). São dois a mais do que os eleitos no pleito anterior, em 2016.
De acordo com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), 114 indígenas registraram candidatura enquanto vereadores. Um tentou se eleger como prefeito e dois como vice-prefeitos.
Dos eleitos, quatro são Xavante. Cosme Rite (PSD), eleito por Alto Boa Vista, Gininho Tseredzapriwe (PSDB) e Azevedo Tserubuto (PROS), eleitos por Campinápolis, e Leonardo Xavante, de Santo Antônio do Leveger.
Evanildo Rikbakta (PSD), de Brasnorte, é Rikbaktsa, Kanato Yawalapiti (MDB), de Gaúcha do Norte, é Yawalapiti, Lennon Corezomae (PROS), de Barra do Bugres, é Umutina, Isac Zoró (PSC), de Rondolândia, é Zoró, Reginaldo Tapirape (PP), de Confresa, é Tapirape, e João Kanela e Claudia Kanela (PSB), de Luciara, são Kanela.
De acordo com o presidente da Fepoimt, Crisanto Xavante, de Campinápolis, número é apenas o começo. Ele afirmou que os indígenas estão aprimorando seu conhecimento com relação às estruturas da política e o funcionamento da legislação de uma maneira geral.
“Poucos foram eleitos e outros ainda estão isolados vivendo conforme políticas locais. O fato de aumentar a presença na casa legislativa já é importante pelo espaço dado para nossas lideranças. À medida que nossos líderes de acordo com a sua qualificação, com a sua afinidade na política, for conhecendo as leis, será cada vez melhor”, disse.